A
relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre o alcance
do sucesso dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Frequentemente,
escutamos dos professores que o apoio da família é essencial para o bom
desempenho do aluno. Porém, muitas vezes essa expectativa de ajuda torna-se
fator de acusação, atribuindo-se à família a responsabilidade pelo mau
desempenho escolar da criança.
Os profissionais da escola acreditam, muitas
vezes, que os alunos vão mal porque suas famílias estão desestruturadas ou
porque não se interessam pela vida escolar da criança.
A ausência dos pais às reuniões
pedagógicas é um fato que vem acontecendo muito no contexto escolar atual, o
que pode ser um indicativo do pouco acompanhamento da vida escolar das crianças
por parte dos pais. O baixo desempenho dos alunos, os cuidados com a criança e
adolescentes em relação à escolaridade e o não atendimento aos pedidos e
expectativas da escola foram algumas das questões que motivaram o
desenvolvimento desta pesquisa.
No decorrer do processo educacional,
depara-se com alguns aspectos que atrasam a vida do aluno na escola. Dentre
esses aspectos, optou-se por observar a influência da família no processo
ensino-aprendizagem.
Assim, nesse estudo, pretendeu-se
analisar a família perante a escola e a necessidade de uma integração, pois se
supõe que a questão familiar pode ser um dos fatores que influenciam o
desenvolvimento escolar de um aluno. Hoje, mesmo não existindo mais um
parâmetro de família como predominava até o início do século passado,
acredita-se que mesmo nas famílias compostas por apenas duas pessoas, esse
representante da família pode ser um personagem importante na aprendizagem dos
educandos.
A escola que, por sua vez, tinha o papel de
ensinar o que o mundo do trabalho iria cobrar ao indivíduo no futuro, passa a
absorver também a função de educar para a vida no que se referem aos aspectos
sociais, morais, espirituais, entre outros. As consequências desse acúmulo de
funções são sentidas hoje pela escola, pois ela passou a ser vista como uma
instituição que ensina, que critica, passa sermões e faz cobranças de
organização e socialização que deveriam ser trabalhados em casa; daí gera-se
muitos conflitos.
Para sanar tais conflitos, é preciso criar
uma parceria entre família e escola, para que haja uma distribuição mais justa
de responsabilidades na educação da criança. Assim, cada um fazendo o seu
papel, uma não sobrecarrega a outra. Mais do que uma descentralização das
funções, essa parceria ajuda pais e escola a falarem a mesma linguagem,
situando o indivíduo num mundo organizado em uma estrutura que compõe a
sociedade da qual ele também faz parte.
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